Superestabilização do Cloro em Piscinas: Mito ou Verdade? Uma das maiores polêmicas quanto ao tratamento de piscinas — se não for a maior — diz respeito aos cloros estabilizados. Muitos afirmam que este tipo de composto clorado, conhecido também como cloro orgânico, pode superestabilizar o cloro residual da água ao ponto de eliminar seu poder de sanitização. Será isto verdade ou mito? Fique por dentro em mais este artigo elaborado pela equipe técnica da Piscina Fácil.
Quem é o responsável pelo suposto fenômeno da superestabilização do cloro em piscina: mito ou verdade? Seria o ácido cianúrico. Um ácido fraco, sólido e que possui baixa dissolução. Sua principal função, quando adicionado em piscinas, é agir como um “filtro solar” contra os raios ultravioleta provenientes do Sol afim de reduzir sua degradação. Dessa forma, conforme comprovado em diversos artigos científicos, o ácido cianúrico é capaz de manter por muito mais tempo o cloro residual em uma piscina, permitindo, assim, um combate mais efetivo aos microrganismos prejudiciais à saúde dos banhistas.
O ácido cianúrico pode ser adicionado a piscinas de duas formas: em conjunto com os cloros orgânicos, sendo eles o dicloro e o tricloro — uma vez que eles fazem parte de sua composição química — ou podem ser aplicados separadamente, pois, este produto também é encontrado em uma versão pura. No Brasil são poucos os tratadores que aplicam o ácido cianúrico puro, além de ser um produto relativamente caro, é dificilmente encontrado em lojas de materiais para piscina.
Para se ter uma ideia da ação do ácido cianúrico , em uma piscina com 2 PPM de cloro residual livre, após duas horas de incidência solar, seu cloro residual livre permanece próximo a 1,5 PPM (quando adicionado 20 PPM de ácido cianúrico a água) enquanto que esta mesma piscina apresentaria cloro residual zero (caso não fosse aplicado ácido cianúrico) no decorrer do mesmo tempo.
No entanto, críticos ao cloro estabilizado afirmam que com o passar do tempo o acúmulo de ácido cianúrico na água tornaria-se prejudicial, sendo necessário renovar parte da água uma vez que não existe outra forma de reduzir sua concentração. Atitude inadmissível em tempos de economia de água.
Já os defensores do uso do cloro estabilizado, ou seja, do cloro com ácido cianúrico em sua composição, afirmam que é impossível se chegar a uma concentração tão alta que impediria o cloro contido na água agir.
Considerando o exposto, apesar de diversos tratadores de piscinas, lojistas, fabricantes de cloro e até mesmo algumas bibliografias “técnica” afirmarem que uso contínuo de cloro estabilizado levaria a um excesso do ácido cianúrico na água, fica esclarecido que isto não é verídico.
Quando se afirma que a concentração de ácido cianúrico pode chegar a níveis perigosos em piscinas, está se cometendo o erro de não considerar que mais de 99% do ácido cianúrico aplicado se dissocia em cianureto, produto este que não gera a estabilização do cloro, sendo assim, a superestabilização do cloro em piscinas com pH dentro da faixa aceitável é um MITO.
Fonte: piscinafacil.com.br